SOURCE/LINK: http://www.youtube.com/watch?v=2Sa4InuIj3Q
MAIS DE 120 ANOS DE BRASIL REPUBLICANO:
DE ONDE VIEMOS E PARA ONDE VAMOS?
*Gilberto Martins Borges
*Gilberto Martins Borges Filho
*Ricardo Correia Borges
**João Maciel R. S. Silva
*Pesquisa e texto
**Revisão e copy-desk
São Paulo, 15 de novembro de 2011
Nesta terça-feira , o Brasil comemora mais de 120 anos de República. Aproveitamos o ensejo para uma reflexão sobre como percebemos certos fatos históricos, atuais e suas respectivas interpretações e para o avanço democrático no país, sem pretensão de se esgotar o assunto.
Com relação ao primeiro momento histórico inicial, o Brasil não foi descoberto nem “achado”, pois isto significa não reconhecer que, naquele momento, a “terra brasilis” já era habitada por povos e nações indígenas que tiveram um relacionamento trágico com seus colonizadores (perseguidos e expulsos de suas próprias terras, quando não morriam de doenças trazidas pelos algozes).
Procuravam eles mão-de-obra barata para as monoculturas da cana-de-açúcar e do café. E, somente a encontram, de forma decisiva, na forma de mão
de obra escrava. Sobre isso descreveu Castro Alves, em seu “Navio
Negreiro”: Era um sonho dantesco... Com tudo sob seu jugo, os inimigos mais ameaçadores só vinham agora do exterior: os holandeses, os franceses e os corsários. E, foi justamente na luta contra os holandeses que surgiram no Brasil os primeiros lampejos do sentimento de brasilidade.
É importante destacar que muitos movimentos contra a coroa
portuguesa, com ou sem participação popular, precederam a proclamação da república: a Inconfidência Mineira, a Revolta dos Alfaiates, a Sabinada, a Revolução Pernambucana e a Praieira e a
Guerra dos Farrapos. Fatos externos à Coroa Portuguesa podem ser conside-rados como fatos portadores de futuro naquela época, como as ameaças de invasão de Portugal por Napoleão e a ascensão da Inglaterra como potência mundial. O primeiro promove a retirada de D. João VI para o Brasil e traz uma mudança importante no cenário que pode ser traduzido pela frase “a metrópole virou colônia e a colônia virou metrópole”. D. João VI retornou a Portugal, deixando D. Pedro I como Regente. E este, devido aos constantes atritos com a Coroa realizou o famoso Ato de 22 de setembro de 1822. Entretanto é bom ressaltar que aquele Ato teve um preço alto, pago com um empréstimo à Inglaterra, nossa primeira dívida externa. A Inglaterra em contrapartida exigia modificações que repercutiram nos primórdios da democracia brasileira (a Constituição Imperial, mesmo que outorgada; e outros benefícios). O Brasil se constituiu como uma Monarquia única na America Latina, pois todas as outras colônias tornaram-se Repúblicas.
É no reinado de D. Pedro II que o Império entra em crise. Um aspecto importante que influenciou na Proclamação da República foi o fortalecimento do Exército Brasileiro em decorrência das vitoriosas campanhas feitas na Guerra do Paraguai, quando um dos seus heróis foi Deodoro da Fonseca, o que alguns autores consideram como Primeiro Golpe Militar da História da República (LUSTOSA, 2009).
A Proclamação da República foi o ponto final de um processo de desenvolvimento que se desencadeava há quase três décadas.
Entretanto, como afirmou Saldanha Marinho: “Essa não é a República dos meus sonhos”, pois (...) era a Economia que ditava a mudança, ou seja, “a ditadura do capital” sem o prevalecer a real da democracia como afirmaria Saramago nos dias atuais.
Ao longo de toda esta trajetória desde a proclamação a nossa republica tem passado por diversos eventos adversos a sua concepção original.
Um dos grande percalços destra tortuosa trajetória de nossa república é a questão da corrupção que advem anterior primórdios do descobrimento aliada a outras formas de dominação. E, que contemporaneamente tem se expandido de forma alarmante.
Platão no livro "República",ele mostrava como o tirano obtém o poder através da manipulação das massas ingênuas e de como prende, exila e assassina adversários, com o objetivo de transformar o poder político relativo dado pela sociedade em poder absoluto.
Durante este processo de obtenção do poder político absoluto, Platão mostra como o tirano substitui as pessoas de qualidade que o ajudaram a chegar ao poder por pessoas corruptas e assassinas. Ele também cria uma guarda pessoal que tortura e mata sob suas ordens ou de outras pessoas da hieraquia que ele cria. Finalmente, Platão mostra como o tirano recorre a guerras para distrair a atenção do povo de sua ação nefasta com o objetivo de continuar a exercer o poder político.”
Na atualidade verifica-se que o movimento jovem vem ressurgindo em vários países, inclusive no Brasil. Foram lutas importantes, que encaramos como preparatórias e antecipatórias de grandes processos nos quais estamos chamados a atuar como sujeitos revolucionários nesta etapa que se abre com a crise econômica, que mal começou e já está levando tal juventude massivamente às ruas em vários países como Itália, Alemanha e Espanha e o próprio Estados Unidos da America , onde se luta contra as reformas educacionais.
No Brasil, pode-se constatar a importância do movimento da juventude de Brasília, que pela primeira vez no um diretório da União Nacional de Estudantes (UNE-Brasília) é eleito com objetivos não partidários, bem como este movimento aqui no MASP, AVENIDA PAULISTA e que também acontece, neste dia, em outras capitais. Pois estes jovens estão cansados de constatar através da mídia casos e mais casos de corrupção com participação dos partidos principalmente aqueles que estão no poder com total impunidade.
Para melhor compreensão, acerca da palavra “corrupção” a primeira acepção, o verbo "corromper" tem um sentido mais amplo que a prática pura e simples de corrupção política. Neste primeiro sentido, o verbo "corromper" significa a transformação - danosa para a sociedade - da personalidade da pessoa alçada à posição de exercer poder sobre os demais cidadãos (que antes desta transformação danosa eram considerados, pela normas escritas e não escritas, seus iguais).
E, por corrupção política é o uso das competências legisladas por funcionários do governo para fins privados ilegítimos. Desvio de poder do governo para outros fins, como a repressão de opositores políticos e violência policial em geral, não é considerado corrupção política. Nem são atos ilegais por pessoas ou empresas não envolvidas diretamente com o governo. Um ato ilegal por um funcionário público constitui corrupção política somente se o ato está diretamente relacionado às suas funções oficiais.
As formas de corrupção variam, mas incluem o suborno, extorsão, fisiologismo, nepotismo, clientelismo, corrupção e peculato. Embora a corrupção possa facilitar negócios criminosos como o tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e tráfico de seres humanos, ela não se restringe a essas atividades.
Thomas Jefferson afirmara "Se os homens são puros, as leis são desnecessárias, se os homens são corruptos, as leis são inúteis". E, como afirma o memorialista do Estado do Ceará, Luiz Edgard Cartaxo de Arruda Junior “ A escravidão é o pior tipo de corrupção. Nos querem servos de conglomerados de potências antinacionais, sem escrúpulos e, absolutamente, nenhum compromisso com o bem estar dos povos pobres. Devemos quebrar este ciclo dominante que só serve a outros interesses imediatistas, anti-humanos e anti-Brasil. Pode até ser que esteja extrapolando na redundância do ufanismo ao Brasil.
Contudo, o gigante despertou”. E, é este aspecto da corrupção, que acredito seja um dos mais difíceis, pois se a corrupção existe, existe também receptáculo para ela. O permitir que ela exista e permeie tudo num ciclo vicioso contínuo é o grande desafio. Esse desafio não consiste em acabar com os corruptos, mas sim quebrar os elos da cadeia deste ciclo vicioso. A questão da impunidade parece também fazer parte deste ciclo vicioso, existe, ao que parece, terreno para que ela se perpetue. E, quando menciona que os corruptores não ficarão impunes ‘ad eternum’ estamos nos referindo à parte adormecida dos “escravos da corrupção”, em suma NÓS. Este libertar passa necessariamente por uma Pedagogia da Cidadania. .
Porque, a RAIZ DO PROBLEMA É QUE OS os candidatos, NO BRASIL para se elegerem necessitam compar votos. E, é por este e outros motivos que a DITA REFORMA POLÍTICA, BEM COMO OUTRAS, NO ATUAL CONTEXTO ESTA DEVERAS DISTANTE e não vai acontecer .
Além disso, temos que encontrarmos um modo mais sábio DE OS eleitores NÃO MAIS terem que vender seus VOTOS, pois a distribuição de renda no pais está favorável . e, AINDA TEMOS UMA PRESIDENTA DA REPÚBLICA DO BRASIL AUTENTICAMENTE REVOLUCIONÁRIA.
Entretanto, é necessário que procuremos novas estratégias com vistas a uma REVOLUÇÃO PACÍFICA INSTANTÂNEA DENTRO DO PRÓPRIO CAPITALISMO, COMO ESTA QUE OCORREU RECENTEMENTE NO ORIENTE MÉDIO, ATRAVÉS DE UMA PEDAGOGIA COM RECURSOS MODERNOS DISPONÍVEIS QUE POSSA MELHORAR A CONSCIÊNCIA DE NOSSO ELEITORES, PRICIPALMENTE AQUELE JOVEM QUE ESTARÁ VOTANDO PELA PRIMEIRA VEZ .
É, pois importante mencionar, que existem duas vitórias irrefutáveis da sociedade de âmbito mundial :
1) uma baseado nos filosofia grega antiga é a democracia e a meritocracia com vistas a combater a patifaria dos corruptos;
2) a segunda é o capitalismo.
Pois, A revolução russa acabou por conta da corrupção tendo como o marco a queda do muro de Berlim.
Além disso, a revolução comunista chinesa está perdurando, e continua crescer de forma assutadora, com participação do chamado capitalismo de estado e com maior zelo para questões como corrupção.
Por outro lado este movimento deve ser ausente de influência religiosa, contrário ao que ocorreu recentemente no oriente médio, pois deve ser laico, o ou qualquer outro ipo de discriminação.
O OBJETIVO DESTE MOVIMENTO É QUE OS JOVENS TOMEM O PODER COM DEVIDA CAPACITAÇÃO POLÍTICA PARA IMPLANTAR A MERITOCRACIA DEMOCRÁTICA CAPITALISTA FAZENDO A FAXINA DA CORRUPTOS DO PODER
Pois, “A mobilização da juventude tende a se aprofundar com a desilusão de setores cada vez mais amplos e que não carrega nas suas costas as derrotas do passado e está cheia de energias e anseios para a vida, o que se choca com o capitalismo em decadência.
Torna-se mister reescrever o Capitalismo e, por conseguinte, a NOVA história do Brasil tem agora a participação do jovem brasileiro, pois, “O que a gente sonha está bem longe da realidade, mas pode estar bem próximo de nossas decisões ”.
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