domingo, 28 de abril de 2013

WHY BRAZILIAN DEMOCRACY IS BEING THREATENED WITH INSTITUTIONAL LEGISLATIVE THREATS WITH IMMINENT CONSTITUTIONAL VIOLATIONS. DOES IT MEANS AN INSTALLATION OF A EXCEPTION STATE?


O ministro Joaquim Barbosa durante sessão do Supremo Tribunal Federal (Foto: Nelson Jr. / STF
 




WHY BRAZILIAN DEMOCRACY IS BEING THREATENED WITH INSTITUTIONAL LEGISLATIVE THREATS WITH IMMINENT  CONSTITUTIONAL VIOLATIONS. DOES IT MEANS AN INSTALLATION OF A EXCEPTION STATE?


What are the meaning of the brazilian Workers’ Party intentions?

There is a desire to prohibit  the investigative power of the Public Persecution (MP), providing this only to the police. Also a desire to prevent the Public Persecution (MP) to investigate politicians. Abusive desire to submit to Brazilian Superior Court to Legislative Power. Desire to  shut the Midia up. And about the Constitution guarantees? And the  independence of the Powers? It would be letal to our democracy. Is it retaliation due to  Brazil's 'big monthly' corruption trial?
RUY COLAMARINO

1945.ruy@gmail.com

 
O PT tem medo de quê?

Quer tirar o poder investigatório do Ministério Público (MP), facultando-o só às polícias. Quer impedir que o MP investigue políticos. Quer submeter o STF ao crivo do Legislativo. Quer "democratizar a mídia" com o intuito de calá-la. E a Constituição, que "se lixe"? A independência entre os Poderes, idem? Não entenderam ainda que caminhar no fio da navalha pode ser fatal...

RUY COLAMARINO

1945.ruy@gmail.com
 

 

Agressão institucional

26 de abril de 2013 | 2h 06

O Estado de S.Paulo

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados acaba de cometer um atentado ao estado de direito no País. Numa sessão esvaziada, a toque de caixa e em votação simbólica, o colegiado decidiu anteontem admitir, ou seja, autorizar a tramitação de uma escandalosa proposta de emenda constitucional (PEC), de autoria nominal de um deputado petista do Piauí, Nazareno Fonteles. Ao interferir descaradamente não apenas nos procedimentos do Supremo Tribunal Federal (STF), mas na efetividade de suas decisões, a PEC agride a cláusula pétrea da Carta de 1988 que consagra a separação dos Poderes da República. Lembra a "polaca", a Constituição fascista de 1937, no Estado Novo do ditador Getúlio Vargas, que dava ao chefe do governo o poder de derrubar atos do Supremo.

Prospere ou não o projeto, a sua mera acolhida pela mais importante comissão permanente do Congresso - onde têm assento, ironicamente, os mensaleiros condenados José Genoino e João Paulo Cunha - envia à sociedade uma mensagem ominosa sobre a propensão ao confronto institucional de uma parcela, ao menos, dos parlamentares brasileiros. A PEC pretende elevar de 6 para 9 ministros, em um total de 11, o quórum para o STF declarar que determinada lei colide com a Constituição. Já as suas súmulas vinculantes (veredictos que devem ser seguidos pelas demais instâncias do Judiciário), assim como as decisões em ações diretas de inconstitucionalidade e ações declaratórias de constitucionalidade, ficariam sujeitas à ratificação pelo Parlamento. Rejeitadas, seriam submetidas à consulta popular.

A tentativa de tutela é claramente uma represália ao que muitos congressistas chamam "ativismo judicial" ou "judicialização da política" - as decisões do Supremo em matérias de alçada parlamentar, como normas eleitorais, fidelidade partidária, ou, mais recentemente, apreciação de vetos presidenciais (conforme decisão do ministro Luiz Fux, eles deveriam ser examinados necessariamente em ordem cronológica). Embora real, o ativismo resulta quase sempre da omissão do Congresso diante de matérias capazes de afetar interesses antagônicos entre os seus membros. De mais a mais, a Justiça só age quando provocada - e não faltam vivandeiras políticas prontas a recorrer ao Supremo para invalidar projetos aprovados aos quais se opuseram.

O espírito de retaliação decerto também esteve presente da CCJ, onde se formou uma vingativa aliança profana contra a Suprema Corte. Ela irmanou, por exemplo, o petista José Genoino - que não via a hora de dar os trâmites por findos para evitar que o aparecimento de outros deputados mudasse a composição e, portanto, a relação de forças no colegiado - e o tucano João Campos, coordenador da Frente Parlamentar Evangélica. O primeiro, como é notório, tem entaladas na garganta as condenações que ele e seus companheiros sofreram no julgamento do mensalão. O outro não há de ter digerido as sentenças do STF em favor do uso de células-tronco embrionárias em pesquisas médicas e da união civil de gays, aprovados pelo Congresso apesar da feroz resistência das bancadas religiosas.

Infelizmente, os políticos não detiveram esta semana a exclusividade em matéria de ingerência indevida em outro Poder. Embora em escala incomparavelmente menor - por se referir a uma situação singular, por ter sido provocada por um político e por não ter o potencial de ferir o equilíbrio institucional do País -, a liminar concedida pelo ministro Gilmar Mendes sustando a tramitação do projeto que restringe o tempo de TV dos novos partidos e o seu acesso ao Fundo Partidário configura uma intromissão nas atividades do Congresso. O projeto, como se sabe, é um casuísmo vergonhoso que se destina a aplainar o caminho para a reeleição da presidente Dilma Rousseff em primeiro turno. Passou duas vezes na Câmara graças ao rolo compressor da base aliada, tangida pelo governo. No Senado, os governistas queriam votá-lo em regime de urgência. Um deputado do PSB do presidenciável Eduardo Campos - interessado em levar a sucessão ao tira-teima que Dilma parece temer - obteve a decisão provisória, com toda a aparência de represália à represália em curso contra o STF. Vai mal.

 

 

 

 

 


 

PEC que restringe STF 'fragilizará democracia', diz Joaquim Barbosa

Texto da PEC impõe limites aos poderes do Supremo Tribunal Federal. Proposta foi aprovada em comissão da Câmara; plenário ainda tem de votar.

 

 



O ministro Joaquim Barbosa durante sessão do Supremo Tribunal Federal (Foto: Nelson Jr. / STF

 
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, afirmou nesta quinta-feira (25), por meio de sua assessoria, que a proposta de emenda à Constituição (PEC) que autoriza o Congresso a derrubar decisões da Corte "fragilizará a democracia" caso seja aprovada. Barbosa passou a semana nos Estados Unidos e deve voltar ao STF nesta sexta (26).

 

A proposta, de autoria do deputado Nazareno Fontelles (PT-PI), prevê que, quando o STF decidir pela inconstitucionalidade de uma emenda à Constituição, o Congresso poderá reavaliar o ato do tribunal.  Se parlamentares discordarem da posição do Supremo, a questão, segundo o projeto, será decidida em um plebiscito.

 

A PEC também estabelece que, para o STF declarar a inconstitucionalidade de uma norma, serão necessários os votos de nove dos 11 ministros. Atualmente, bastam seis. O texto foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ) e há duas ações no STF que pedem a suspensão da tramitação da PEC.

 

"Tem quase 80 anos a tradição já consolidada de se permitir que o Supremo Tribunal Federal declare a inviabilidade jurídica de uma lei votada pelo Congresso por violação de uma cláusula constitucional. Por que alterar isso agora, em pleno século 21? Essa medida, se aprovada, fragilizará a democracia", afirmou Barbosa.

 

Ainda segundo a assessoria, o presidente do Supremo disse que o princípio da separação de poderes existe para "neutralizar" abusos.

 

"Separação de poderes não é uma noção abstrata. Faz parte do direito de todos os cidadãos. Integra o conjunto de mecanismos constitucionais pelos quais um poder contém ou neutraliza os abusos do outro."

 

'Rasgaram a Constituição'

 

O ministro Gilmar Mendes disse nesta quinta que, se a proposta for aprovada, é "melhor que se feche" o tribunal.

 

"Não há nenhuma dúvida, ela é inconstitucional do começo ao fim, de Deus ao último constituinte que assinou a Constituição. É evidente que é isso. Eles [CCJ] rasgaram a Constituição. Se um dia essa emenda vier a ser aprovada é melhor que se feche o Supremo Tribunal Federal. É disso que se cuida", afirmou Gilmar Mendes após a sessão desta quinta.

 

Em nota, as associações que reúnem magistrados manifestaram preocupação com a PEC. "Os magistrados brasileiros esperam que a PEC 33/2011 e todas as demais propostas que enfraquecem os poderes constituídos sejam rejeitadas e definitivamente arquivadas, ante os riscos para a democracia, para o respeito aos direitos fundamentais e para o aperfeiçoamento das instituições", afirma o texto, assinado pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra).

 

Um pouco antes, o presidente em exercício do Supremo, Ricardo Lewandowski, disse que "não há crise" entre os poderes Legislativo e Judiciário. Na quarta, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou projeto que permite aos parlamentares barrarem decisões do Supremo. A decisão repercutiu entre os ministros da corte, que no mesmo dia manifestaram oposição ao projeto da Câmara.

 

Ainda na quarta-feira, o ministro Gilmar Mendes emitiu decisão que suspendeu o andamento do projeto de lei, defendido pela base governista no Congresso, que afeta o funcionamento de novos partidos políticos.

 

'Invasão' do STF

 

O presidente do Senado e do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que vai recorrer ao Supremo para tentar derrubar decisão liminar (provisória) de Gilmar Mendes.
 

“O papel do Legislativo é zelar pela sua competência. Da mesma forma que nós nunca influenciamos decisões do Judiciário, não aceitamos que o Judiciário influa nas questões legislativas. Nós consideramos isso uma invasão e vamos entrar com agravo regimental”, afirmou.
Fonte: G1

 

 


 
Fórum dos Leitores
28 de abril de 2013 | 2h 03

O Estado de S.Paulo

BRASIL HOJE

Briga entre Poderes

Nada mais preocupante que o rasgar de sedas e o incêndio das vaidades malferidas em que se engolfam os senhores integrantes das Casas legislativas, a ponto de pretenderem calcar aos pés o Supremo Tribunal Federal (STF)! Dizia o grande sábio grego Pítaco: "Submete-te à lei que tu mesmo fizestes! Se ela não vale para ti, para quem poderá valer? O legislador que se submete às próprias leis está-lhes conferindo credibilidade". Mudar a lei para amordaçar, calar o Poder Judiciário (STF) é ferir de morte a democracia. O Judiciário, ainda, é o pouco que nos resta de credibilidade e dignidade. O Executivo e o Legislativo ardem no fogo incontrolável das vaidades e de interesses em inocentar criminosos condenados. Será que ninguém disse aos senhores do Legislativo que "todo o poder emana do povo"? Esse poder não é deles, mas o exercem em nome do povo! Senhores do Legislativo, atentem pelo que dizem e pelo que fazem, pois "montar num tigre é fácil, o difícil é desmontar dele depois".
ANTONIO BONIVAL CAMARGO

bonival@camargoecamargo.adv.br

São Paulo

Harmonia e independência

As divergências entre o Congresso Nacional e o STF colidem com o artigo 2.º da Constituição. Na independência e harmonia dos Poderes reside a estabilidade do regime. A sucessão de fatos e desencontros de opiniões - julgamento do mensalão, cassação de deputados condenados, eliminação da cláusula de barreira e, agora, a tentativa de sujeitar o STF ao Congresso - gerou o conflito. Parlamentares e ministros saem em defesa de seus pontos de vista, numa contenda imprópria. A Constituição e os regimentos tanto do Congresso quanto do Judiciário definem claramente as atribuições de cada Poder e de seus operadores. Uns e outros são titulares de direitos e obrigações que não se devem promiscuir. Os srs. ministros prestarão inestimável serviço à Nação atendo-se às suas funções de guardiões da Constituição e das leis. Os srs. parlamentares também andarão muito bem se cuidarem de discutir e votar os milhares de projetos de interesse público que atulham o Legislativo, sem invadirem a seara dos outros dois Poderes da República. Não há no ordenamento jurídico o mínimo espaço para "briga" entre os Poderes, que são, obrigatoriamente, harmônicos e independentes. Seus integrantes têm o dever ético, moral e legal de evitar o personalismo, as vaidades e os interesses subalternos, em favor da causa maior que os guinda aos importantes postos. Toda vez que seus membros divergem ou esgrimam, os Poderes enfraquecem.

DIRCEU CARDOSO GONÇALVES

aspomilpm@terra.com.br

São Paulo

'Agressão Institucional'

Oportuno, equilibrado e contundente o editorial do Estadão Agressão institucional (26/4, A3). Lamentável o ato da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados autorizando a tramitação de proposta de emenda constitucional interferindo nos procedimentos do Supremo Tribunal e na efetividade de suas decisões. Verdadeira agressão ao princípio pétreo da Constituição brasileira que consagra a harmonia e independência dos Poderes da República. Montesquieu, autor do princípio da separação dos Poderes, deve ter estremecido!
RUY MARTINS ALTENFELDER SILVA, presidente da Academia Paulista de Letras Jurídicas

ruy@dialogonacional.com.br

São Paulo

Reconciliação

A frase "vai mal", que encerra o oportuno editorial Agressão institucional, deveria ser mudada para "vem mal". Apesar de todo o oba-oba propagandístico de fachada dos governos Lula-Dilma nestes dez anos, o País vem se deteriorando no seu íntimo institucional, moral e ético, bases da democracia representativa. Somente uma liderança séria e competente no Executivo poderá reconciliar os outros dois Poderes e recolocar a Nação nos trilhos do desenvolvimento econômico e social almejado por todos. Um Executivo populista e carismático só agrava a situação.
GILBERTO DIB

gilberto@dib.com.br

São Paulo

O PT tem medo de quê?
Quer tirar o poder investigatório do Ministério Público (MP), facultando-o só às polícias. Quer impedir que o MP investigue políticos. Quer submeter o STF ao crivo do Legislativo. Quer "democratizar a mídia" com o intuito de calá-la. E a Constituição, que "se lixe"? A independência entre os Poderes, idem? Não entenderam ainda que caminhar no fio da navalha pode ser fatal...

RUY COLAMARINO

1945.ruy@gmail.com

São Paulo

Governo Dilma

Diante de tantas manifestações, notadamente as políticas, de autoridades do governo petista, isso me faz lembrar o escritor alemão radicado nos EUA Charles Bukowski (1920-1994): "O problema de hoje é que as pessoas inteligentes estão cheias de dúvidas e as pessoas idiotas estão cheias de certezas".
MARIO COBUCCI JUNIOR

maritocobucci@uol.com.br

 

 

 

 



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